Sou clandestino no barco,
que ainda não embarquei,
vigio a esquina do casco neutro,
e junto a tensas cordas,
e desmemoriados ferros,
desafio as nauticas decisões
das gáveas que acomodam
tardias esperanças.
Talvez me largue ao vento,
sem regresso
ou então fique para ver outros
passarem,
com braços e portos
já nos olhos dormentes.
Me sinto eternamente,
ave colhida de inverno,
sem diálogo,
nem barcos,
sombra seca, que,
vária nas ondas,
marco de silenciosas dissolutas partidas.....
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